Yaa Asantewaa foi rainha-mãe de Ejisu, no Império Ashanti, atual Gana. Liderou a rebelião conhecida como a Guerra do Trono de Ouro, contra os colonizadores britânicos.
A guerra teve início no ano de 1900 e durou cerca de sete meses.
Assim como outros líderes, Yaa Asantewaa acabou sendo capturada pelos britânicos e exilada nas ilhas Seychelles, onde morreu vinte anos depois.
Alguns estudos sugerem que a rainha tenha se entregado para que as vidas de sua filha e de sua neta, que estavam mantidas como reféns, fossem poupadas.
O sonho de Yaa Asantewa, de ver Ashanti livre das ameaças estrangeiras, acabou se concretizando em 1957, quando Gana se libertou dos colonizadores e conquistou a independência.
Na segunda metade do século XX, Yaa Asantewa se tornou inspiração para movimentos de lutas anti-imperialistas e para a organização de movimentos feministas africanos.
Reconhecida como uma heroína nacional, ela dá nome a uma escola de Ensino Médio para meninas (Yaa Asantewaa Girls' Senior High School), inaugurada em 1960 na cidade de Kumasi, antiga capital do Império Ashanti.
Em 2000, cem anos após a guerra contra os britânicos, um museu dedicado à soberana foi inaugurado no vilarejo de Kwaso, próximo à cidade de Ejisu.
A História da África – conteúdo previsto na Lei N.º 11.645/2008 – é repleta de mulheres que tiveram grande importância e, até hoje, são símbolos de resistência e consideradas heroínas nacionais nas regiões onde viveram.
Diversas histórias são fruto da tradição oral e muitas informações não são unanimidade entre pesquisadores e historiadores. Além disso, há distorções na história contada por colonizadores europeus, especialmente no que se refere a mulheres que tiveram papel de destaque na resistência ao avanço do imperialismo.
Fontes:
Projeto Biografias de mulheres africanas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Site Rainhas Trágicas, do historiador Renato Drummond Tapioca Neto.
Site Ensinar História, de Joelza Ester Domingues.