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Heitor dos Prazeres: um artista do samba e das tintas
08 Abril 2014 | Por Larissa Altoé
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fotoHeitor dos Prazeres nasceu na Rua Presidente Barroso, Cidade Nova, em 1898. Aos 7 anos, perdeu o pai, marceneiro que tocava clarinete e piano. Cedo, começou a trabalhar como engraxate, jornaleiro e ajudante de marceneiro.

Aos 12 anos, jogava capoeira e frequentava as casas da tia Esther, em Oswaldo Cruz, e da tia Ciata, na Praça Onze. O menino participava dessas reuniões cheias de ritmos afros acompanhado por familiares. Já levava seu cavaquinho, presente do tio Lalu, e tocava com bambas do samba, como Donga, João da Baiana, Sinhô e Pixinguinha.

Na década de 20, participou da criação das primeiras escolas de samba – como a Deixa Falar, no Estácio – e dos embriões do que viria a ser a Portela – Prazer da Moreninha e Sai Como Pode, em Oswaldo Cruz. Na Estação Primeira de Mangueira, contratava as “pastoras”, mulheres que se apresentavam com ele em festas e cassinos.

Tornou-se compositor conhecido, gravado pelos grandes da época, como Francisco Alves, e, na década de 40, trabalhou nas primeiras emissoras de rádio do Rio de Janeiro. Começou a pintar com uma ilustração que fez para a música Pierrô Apaixonado, sucesso carnavalesco até os dias de hoje. Quem nunca pulou carnaval ao som de “Um pierrô apaixonado, / que vivia só cantando, / por causa de uma colombina, / acabou chorando, acabou chorando”? A propósito: essa música foi feita em parceria com o amigo Noel Rosa.

Noel não era o único estudante universitário que procurava a companhia de Heitor dos Prazeres. Outro notório era o poeta Carlos Drummond de Andrade, que incentivaria e ajudaria a lançar o compositor como artista plástico.

Como pintor, ele participou de uma exposição internacional em benefício das vítimas da Segunda Guerra Mundial, em Londres, na Inglaterra. Nessa coletiva com artistas de vários países, participou com a tela Festa de São João. O quadro foi adquirido pela então princesa Elizabeth, hoje rainha da Inglaterra.

Heitor dos Prazeres foi o precursor no Brasil de um estilo conhecido como arte naïf, que Samba em Terreiro2quer dizer instintiva, ingênua e se caracteriza pelas cores fortes, vibrantes e pelo gosto pela descrição minuciosa. O Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, abriga outras obras de Heitor, como Mulata, Caminho da Roça e Autorretrato, todas da Coleção Gilberto Chateaubriand, mas que não estão em exposição.

 

 
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