Reservatório Victor Konder – Inaugurado em 1928, o conjunto abrange o reservatório, o posto de visita, a casa de manobras e a casa do encarregado, em estilo neocolonial, num projeto do engenheiro Henrique de Novaes. Sua construção foi motivada por uma grave crise de abastecimento na cidade, a fim de garantir o fornecimento para os bairros da Zona Oeste, no trecho entre Bangu e Santa Cruz. O nome do reservatório, que recebe águas do Rio Cabuçu, é uma homenagem ao então ministro da Viação e Obras Públicas. Após um período fora de operação, voltou a funcionar em 1999. O acesso é feito pela Rua Aratanha, em Campo Grande.
Reservatório do Morro de São Bento – Fica na mesma área que o Mosteiro de São Bento, a Igreja de Nossa Senhora de Montserrat e o Colégio de São Bento, na zona portuária da cidade. O mosteiro remonta a meados do século XVI. A laje de cobertura do reservatório virou quadra de esporte para os alunos. Para atender à necessidade de abastecimento da cidade, os monges beneditinos, instalados na região desde 1586, fizeram a doação de um terreno no alto do morro, em 1877, para a construção do reservatório. Seu abastecimento vem da Adutora de São Pedro e utiliza as águas do rio de mesmo nome, que nasce na Baixada Fluminense. O engenheiro Antônio Rebouças participou dos estudos, e a obra foi realizada durante a gestão do inspetor Moraes Jardim.
Represa e Açude do Camorim – Fazem parte do sistema construído em 1908, pelo engenheiro Sampaio Correia, um açude, aquedutos e desarenadores. Sua localização fica no Parque Estadual da Pedra Branca, a 436 metros de altitude, totalmente cercada de matas protegidas, e representa o maior manancial da área de Jacarepaguá, chegando a 18 metros de profundidade. A represa é abastecida por diversos rios, sendo o principal o Rio Camorim.
Reservatório do Pedregulho – Inaugurado em 1880, na presença do imperador Dom Pedro II, foi um projeto do engenheiro Antônio Gabrielli. É composto por duas caixas, com quatro cascatas para arejamento da água entre uma e outra. Abastecia não apenas São Cristóvão, bairro onde está situado, mas também o Centro, o Rio Comprido, a Tijuca e a região do Engenho Velho até o Jockey Club. Até 1986, era o maior do país.
Reservatório Caixa Velha da Tijuca – Com uso atual como caixa de passagem para o excedente de água do Reservatório do Alto da Boa Vista, inclui açudes, compartimentos de tratamento e residência de funcionários, dispostos de forma longitudinal. O acesso ao complexo, construído basicamente em pedra, fica na Estrada Velha, no Parque Nacional da Tijuca. A origem das caixas remonta ao ano de 1850, quando foi construído para o aproveitamento dos mananciais locais, nomeadamente o Rio Maracanã e seus afluentes. Já o Açude Grande e o Açude Pequeno, hoje vazios, datam de 1869.
Reservatório do Morro do Pinto – Embora inaugurado em 1874, na Gamboa, entre os bairros da Cidade Nova e do Santo Cristo, continua em uso. A cessão de terreno foi feita pelo Visconde de Mauá, bem como a construção da caixa. Coube à Inspetoria de Obras Públicas instalar toda a tubulação de ferro para o abastecimento. O contrato incluiu a colocação de cinco torneiras para uso da população local.
Reservatório do Livramento – Construído em 1882, fica na Ladeira do Barroso, antiga Ladeira de São Lourenço, no bairro da Gamboa. Embora seja parte do primitivo sistema de distribuição de água da cidade, continua ativo.
Reservatório da Penha – Situado acima do Parque Ary Barroso, data de 1914 e abastece os subúrbios da Leopoldina, entre Bonsucesso e Vigário Geral. Contou com a então inovadora tecnologia do concreto armado.
Reservatório Caixa Nova da Tijuca – Situado em um platô na Avenida Edson Passos, no Alto da Boa Vista, o complexo inclui o reservatório, o posto de manobras, uma elevatória e um jardim com duas fontes ornamentais francesas, das Fundições do Val d’Osne. Entre a inauguração, em 1883, e o ano de 1915, recebia as águas provenientes do Rio Maracanã, através da Usina Elevatória 30 de Abril. Posteriormente, passou a ser alimentado pelo Sistema Guandu.
Represa do Rio Cabeça – Inaugurada em 1953, se localiza na Rua Faro, no Jardim Botânico. O manancial do Rio Cabeça, que surge nas vertentes do Morro do Corcovado, alimentou vários chafarizes e torneiras públicas no Largo dos Leões, do Amaral e das Três Vendas, abastecendo também o bairro do Humaitá, Gávea e grande parte de Botafogo.
Reservatório do França – Localizado na vertente norte da Serra da Carioca, e incluído na Área de Proteção Ambiental de Santa Teresa, oferece uma vista panorâmica da cidade. O projeto, do engenheiro Henrique de Novaes, é composto pelo reservatório, pela casa do encarregado e pelo posto de manobras. O complexo foi construído no Largo do França, em 1883, para aproveitar as águas das cheias do Rio Carioca por ocasião das chuvas. Durante períodos de estiagem, o reservatório era alimentado pelas adutoras do Morro dos Urubus e do Morro da Misericórdia.
Reservatório Monteiro de Barros – Fica no alto do Morro Dona Delfina, em Engenho de Dentro. Construído em 1908, foi inicialmente abastecido por águas vindas da Serra da Mantiqueira. Atualmente, abastece os subúrbios da Central do Brasil, desde São Francisco Xavier até Quintino Bocaiúva. Além do reservatório e da casa de manobras, o terreno arborizado conta, ainda, com uma elevatória, um coreto e diversos escritórios da Cedae. Por causa da beleza das instalações, servia como área de lazer para a população local, nas décadas de 1950 e 1960.
Reservatório de Paquetá – Até 1893, o abastecimento de água no bairro era feito por meio de barris transportados em barcas. Em 1908, o presidente Afonso Pena inaugurou a construção que demandou muito investimento em tecnologia, uma vez que a água potável era captada no Riacho da Cachoeira Pequena, em Suruí, município de Magé, por meio de uma adutora com 21 quilômetros de extensão, quatro dos quais por via submersa. O projeto foi de João de Matos Travassos Filho.
Reservatório do Cantagalo – Planejado para abastecer os bairros de Copacabana, Ipanema e Leblon, se constitui de uma galeria escavada na rocha. Foi inaugurado em 1930, para atender ao crescimento vertiginoso da região litorânea. Apenas um dos dois reservatórios se encontra em uso. Fica em área bastante arborizada.
Reservatório dos Macacos e Açude – Localizado no Horto, foi inaugurado em 1877, com projeto e execução do engenheiro Antônio Rebouças. Próximo ao reservatório, fica a represa do Rio Macacos, de onde partia a tubulação de fornecimento original de água. Atualmente, o abastecimento do reservatório é garantido pelo Guandu, por meio do Túnel Engenho Novo-Macacos, inaugurado em 1958, com a presença do presidente Juscelino Kubitschek. Aberto dentro da rocha, ele atravessa a Serra dos Pretos Forros, da Tijuca e da Carioca, até alcançar o Reservatório dos Macacos. Abastece o Jardim Botânico e a parte baixa da Gávea.
Reservatório Francisco Sá – Projetado por André Machado Azevedo e inaugurado em 1923, minimizou as frequentes estiagens nos bairros do Andaraí, onde fica, da Tijuca e de Vila Isabel.
Reservatório do Morro da Reunião ou do Tanque – O bairro do Tanque era um ponto de abastecimento de água de antigos tropeiros e ficava na confluência de três estradas: a de Jacarepaguá, a da Freguesia e a da Taquara, que hoje se chama Largo do Tanque. Reservatório, residência do encarregado e elevatória datam de 1925. A obra foi realizada pela Inspetoria de Águas e recebia, inicialmente, as águas da Represa dos Ciganos e Olho D’Água, com alcance em Jacarepaguá, Cascadura, Quintino e Piedade.
Represa do Pau da Fome – As terras onde estão localizados os equipamentos pertenciam ao Barão da Taquara e foram desapropriadas em 1910. A represa está situada a uma altitude de 130 metros, dentro do Parque Estadual da Pedra Branca, maior unidade de conservação da cidade. As águas do Rio Grande, do Rio Padaria e do Rio Figueira abastecem o complexo, passando por canaletas e pequenos aquedutos. Muito bem conservado, o sistema de captação se integra harmonicamente à natureza exuberante.