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São Cristóvão: um olho no passado e o outro nas estrelas
10 Março 2017 | Por Sandra Machado
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Quinta da Boa Vista em ilustração de Thierry Frères. A área integrava uma das fazendas dos jesuítas

São Cristóvão já conheceu dias mais imponentes. Ao longo do século XIX, foi ali que viveram três gerações de monarcas – Dom João VI, Dom Pedro I e, até o fim do regime, Dom Pedro II – instaladas no lugar atualmente conhecido como Quinta da Boa Vista, onde ficava a mansão mais suntuosa do Rio de Janeiro, doada à família real por um comerciante libanês. Na atualidade, o então chamado Paço de São Cristóvão serve de sede ao Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia. Outra construção marcante do período é o Museu do Primeiro Reinado, que funciona no Solar da Marquesa de Santos. Graças à História e ao decreto 28.302, de 14 de agosto de 2007, São Cristóvão foi reconhecido como o único bairro imperial da cidade do Rio de Janeiro. Mesmo antes da república, as primeiras iniciativas para a instalação de centros de pesquisa do céu começaram a se delinear na região. Hoje funcionam, no mesmo campus, o Observatório Nacional e o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast).

Origem antiga

Entre 1572 e 1583, uma grande sesmaria pertencente aos jesuítas, que se estendia do Rio Comprido até Inhaúma, foi desmembrada em três engenhos: Fazenda do Engenho Velho, Fazenda do Engenho Novo e Fazenda de São Cristóvão. Uma igrejinha dedicada ao santo, que ficava à beira-mar e era frequentada por pescadores, batizou a última. Aterros sucessivos fizeram a orla desaparecer, mas o nome sobreviveu. Em 1752, foi inaugurada uma construção que ainda está de pé e que, apesar da beleza e importância histórica, é pouco conhecida pelos cariocas: o Hospital Frei Antônio, administrado pela Irmandade da Candelária.

Originalmente, o prédio era a sede da Fazenda de São Cristóvão. A produção agropecuária local ajudava a abastecer a cidade. Porém, com a decisão do Marquês de Pombal de expulsar os jesuítas do Brasil colônia, de 1759 a 1760 serviu como cárcere para cerca de 200 padres da Companhia de Jesus, antes que seguissem para o exílio. As instalações, então, se transformaram no Hospital São Lázaro, destinado a acolher os portadores de hanseníase que já moravam na Praia de São Cristóvão. Após um período de ostracismo, foi apenas a partir da vinda da família real portuguesa, em 1808, que a região se dividiu em chácaras adquiridas por comerciantes abastados.

O tombamento do Observatório Nacional inclui o edifício-sede, a Casa Branca, a Sala da Hora, as oficinas, alojamentos e os preciosos equipamentos científicos do acervo, mas também as árvores e a Ladeira do Gusmão, que dá acesso ao campus (Foto: Leandro Ciuffo/Creative Commons)

Também se seguiram algumas benfeitorias: a área ganhou novo acesso pelo Caminho do Aterrado ou das Lanternas e, em 1858, foi inaugurada a Estrada de Ferro Dom Pedro II, que cortava toda a Província do Rio de Janeiro, cruzando-a do centro da cidade até o município de Queimados. No Largo da Cancela, que recebeu o nome por causa do controle que os jesuítas exerciam sobre a passagem dos tropeiros, começava a Estrada Real de Santa Cruz, que dava acesso a São Paulo e Minas Gerais. Com o advento da república, no entanto, o bairro imperial perdeu importância. Até a década de 1930, predominavam ali as vilas residenciais e um pequeno comércio de imigrantes portugueses. As linhas de bonde, primeiro as de tração animal e, depois, as eletrificadas – Alegria, São Januário, Cancela, Pedregulho e Bela de São João –, serviam para o transporte da mão de obra a outras regiões da cidade. O incremento da indústria automobilística nos anos 1950 acabou atraindo muitas fábricas para São Cristóvão, assim como acontece, hoje, no setor de moda e confecção, que concentra no bairro mais de 300 empresas.

Lazer para todos os gostos

Além do Museu Nacional, na imensa área verde da Quinta da Boa Vista funciona o Jardim Zoológico carioca, inaugurado por Getúlio Vargas em 1945. Instalado em uma extensão de 138 mil metros quadrados, reúne 350 espécies e milhares de exemplares de animais. Em 2005, a Fundação Jardim Zoológico da Cidade do Rio de Janeiro inaugurou o Museu da Fauna, voltado à educação ambiental e que apresenta aos visitantes os diversos ecossistemas do país. Outro ponto de lazer de destaque é o Centro de Tradições Nordestinas Luiz Gonzaga, mais conhecido como Pavilhão de São Cristóvão, onde a feira de mesmo nome atrai turistas brasileiros e estrangeiros que desejam desfrutar da gastronomia, música e cultura da Região Nordeste. Construído no fim dos anos 1950 para alojar a Exposição Internacional de Indústria e Comércio, com projeto do arquiteto Sérgio Bernardes, só a partir de 2003 passou a admitir os feirantes e comerciantes de artesanato, que até então trabalhavam no entorno do pavilhão, formando a maior concentração de cultura nordestina fora de sua terra natal.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938, o Solar da Marquesa de Santos constitui o principal acervo do Museu do Primeiro Reinado (Foto: Marcelo Horn/Governo do Estado RJ)

No Solar da Marquesa de Santos funciona, desde 1979, o Museu do Primeiro Reinado. Seu acervo é composto de pinturas, mobiliários, porcelana e objetos pessoais de Domitila de Castro Canto e Melo, que em 1826 recebeu aquela casa de presente do imperador Dom Pedro I, com quem mantinha um romance, e ali viveu por três anos. A edificação possui uma infinidade de salões ricamente decorados. Há pinturas murais, tetos em relevo, portas e janelas com bandeiras em forma de coração, tudo confeccionado pelos melhores artistas da época, empenhados em produzir uma ambiência digna do prédio, projetado por Pedro Alexandre Carvoé, que ocupava o cargo de Arquiteto das Obras Nacionais, em parceria com seu arquiteto particular, Pierre Joseph Pézerat.

Exemplar do estilo neoclássico no Rio de Janeiro, o solar conserva traços da Missão Artística Francesa no país. No segundo andar, chamam a atenção os deuses do Olimpo, retratados por Marc e Zepherin Ferrez, e também as pinturas românticas de autoria de Francisco Pedro do Amaral. Já na Sala Memórias, se destacam as liteiras e cadeirinhas de arruar, usadas como meio de transporte pela elite, que era carregada nas ruas pelos escravos. Para o mesmo endereço está prevista a implantação do Museu da Moda Brasileira.

Inaugurada em 1859, a Estação Ferroviária São Cristóvão, então chamada de Estação da Quinta Imperial, servia exclusivamente a Dom Pedro II. Demolida em 1925, estranhamente passou por uma reconstrução com aproveitamento de material original, sendo recolocada no mesmo lugar onde se encontra até hoje. A cobertura do prédio é em telha de cerâmica francesa, sustentada por treliças de madeira.

Escrito nas estrelas

É longa e bastante poética a trajetória do Observatório Nacional. Começou com Dom Pedro I, no dia 15 de outubro de 1827, e por razões bem diferentes das que motivam a pesquisa do céu na contemporaneidade. Dada a importância das navegações naquele momento histórico, tudo justificava o investimento na ciência que orientava os comandantes dos navios em suas viagens de além-mar. Inclusive a prática com os instrumentos astronômicos e geodésicos também se aplicava nos estudos geográficos do território brasileiro. Uma das providências tomadas após a Proclamação da República foi a alteração do nome da instituição, de Imperial Observatório do Rio de Janeiro para a nomenclatura atual. Quanto à localização, já passou por diversos endereços: o torreão da Escola Militar, a Fortaleza da Conceição e antigas instalações de uma igreja no Morro do Castelo. Em 1888, o parlamento aprovou a concessão de uma verba para a construção de um novo prédio na Fazenda Imperial de Santa Cruz, plano interrompido dois anos mais tarde, quando o governo militar republicano providenciou o retorno do observatório à alçada do Ministério da Guerra, com o nome de Observatório do Rio de Janeiro.

Conhecido como Lazareto, o Hospital Frei Antônio ficava à beira-mar. Com a construção dos gasômetros, ficou escondido, embora ainda conserve pátios internos decorados de azulejaria e uma aleia de palmeiras na entrada (Fonte: turistaaprendiz.org.br)

 

Em 28 de setembro de 1913, foi assinada a ata de lançamento da pedra fundamental do novo Observatório Nacional (ON), mas apenas em 1921 ele foi efetivamente transferido do Morro do Castelo para o Morro de São Januário, em São Cristóvão, onde funciona até hoje. Foi ali que, em 1925, um dos maiores cientistas de todos os tempos fez uma visita: Albert Einstein. Em março de 1985, foi criado o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), que funciona no mesmo campus e oferece uma série de atividades para a divulgação da ciência, como observação do céu e visita guiada, além de cursos de pós-graduação e capacitação profissional. Desde 1999 o ON se encontra subordinado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

O ON é uma das mais antigas instituições de pesquisa, ensino e prestação de serviços tecnológicos do país e o mais velho centro astronômico em funcionamento na América do Sul. O Anuário do Observatório tem sido publicado desde 1885. Graças ao trabalho realizado pelo ON foi possível demarcar boa parte das fronteiras nacionais. E uma expedição chefiada pelo astrônomo belga Luis Cruls ao Planalto Central, entre 1892 e 1896, determinou o local de construção da nova capital federal. Cabe ao ON gerar, manter e disseminar a hora legal brasileira. Os cursos promovidos buscam capacitar professores das redes de ensino pública e privada, considerados vetores na multiplicação do conhecimento científico.

Escolas também são tombadas

O bairro de São Cristóvão é pródigo em construções que vale a pena conhecer, como o Conjunto Habitacional Prefeito Mendes de Moraes, mais conhecido como Pedregulho, um dos grandes símbolos da arquitetura moderna no Brasil, e que representa uma fase de política habitacional com cunho social. Construído entre 1947 e 1958 para moradia de funcionários públicos, tinha no projeto original lavanderia, posto de saúde, mercado, escola, ginásio, capela, parque aquático e outras instalações que foram sendo abandonadas com o passar do tempo. O complexo contou com a concepção de gênios da época: Affonso Eduardo Reidy, autor do projeto; Carmen Portinho e Francisco Bologna, integrantes da equipe de arquitetos; Cândido Portinari, autor do painel de azulejos do ginásio; Anísio Medeiros, criador do painel que reveste o vestiário da piscina; e Roberto Burle Marx, que assinou o projeto paisagístico dos jardins e confeccionou o painel em pastilhas vitrificadas Brinquedos e Brincadeiras, do afresco Mestre e Alunos Estudando, colocado na sala dos professores.

Entre uma dezena de unidades da Rede Municipal de Ensino localizadas no bairro, pelo menos três são tombadas: a Escola Municipal Floriano Peixoto é a primeira delas e fica no mesmo local em que viveu o homem que foi presidente da República de 1891 a 1894. Inaugurada no dia 26 de fevereiro de 1922, a unidade tem uma planta curiosa, formada por módulos octogonais. Outra é a Escola Municipal Gonçalves Dias, que integrava o conjunto chamado de “escolas do imperador”. Começou a funcionar no dia 25 de setembro de 1872, mas, na época, se chamava Escola de São Cristóvão. Só mais tarde passou a homenagear o poeta brasileiro. A terceira unidade tombada é a Escola Municipal Nilo Peçanha. Em estilo neoclássico, o prédio foi construído para servir como residência e só virou escola em 1910. Na gestão do prefeito Carlos Sampaio (1920-1922), teve sua capacidade ampliada, com a construção do segundo pavimento.

Serviço:

Museu do Primeiro Reinado

Avenida Dom Pedro II, 293.

Telefone: 2332-4513

Visitação: de terça a sexta-feira, das 10h às 17h.

Ingresso: grátis.

 

Observatório Nacional

Rua General José Cristino, 77.

Telefone: 3504-9100

Visitação: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Ingresso: grátis.

Fontes:

BIENE, Maria Paula van. O Paço de São Cristóvão, Antigo Palácio Real e Imperial e Atual Palácio-Sede do Museu Nacional/UFRJ: a Definição de uma Arquitetura Palaciana. Tese (Doutorado em Artes Visuais) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Belas Artes. Rio de Janeiro, 2013.

CZAJKOWSKI, Jorge (org). Guia da Arquitetura Colonial, Neoclássica e Romântica no Rio de Janeiro / Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro. Editora Casa da Palavra, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

____________________. Guia da Arquitetura Moderna no Rio de Janeiro / Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro. Editora Casa da Palavra, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

Portal Fundação Casa de Rui Barbosa

Portal Funarj – Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro

Portal Geo Rio. Bairros Cariocas – Armazém dos Bairros (São Cristóvão)

Portal Observatório Nacional

Portal Museu de Astronomia e Ciências Afins

Prefeitura do Rio de Janeiro. Guia do Patrimônio Cultural Carioca – Bens Tombados 2014. 5ª edição

 
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Ilha de Paquetá, um paraíso na Baía de Guanabara

26/08/2013

Cenário de guerra e fonte de inspiração para poetas. Conheça a ilha que atrai turistas e se destaca pelo patrimônio cultural e urbanístico. 

Bairros Cariocas

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Instalações militares e arquitetura modernista em Deodoro

Instalações militares e arquitetura modernista em Deodoro

06/08/2013

Deodoro, um dos bairros que integram a extensa área de treinamento do Exército conhecida como Campos de Gericinó, abriga um dos maiores conjuntos residenciais do Rio, tido como paradigmático do ponto de vista da arquitetura moderna.

Bairros Cariocas

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Bonsucesso, passado de importante centro industrial

Bonsucesso, passado de importante centro industrial

05/08/2013

O nome do bairro faz uma homenagem de agradecimento a Cecília Vieira de Bonsucesso. No ano de 1754, a proprietária do chamado Engenho da Pedra de Bonsucesso mandou reformar uma capela dedicada a Santo Antônio, construída em 1738, que ficava em suas terras e servia à comunidade.

Bairros Cariocas

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Encontro com a natureza em Grumari

Encontro com a natureza em Grumari

22/07/2013

Tudo em Grumari difere do restante da cidade. O bairro não é propriamente residencial, mas uma área de reserva ambiental, o que explica o baixo número de habitantes.

Bairros Cariocas

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Capela de engenho inspira o nome de Santíssimo

Capela de engenho inspira o nome de Santíssimo

05/07/2013

Situado no Parque Estadual da Pedra Branca, o bairro tem um dos IDHs mais baixos da cidade, mas já viveu períodos de maior prosperidade. Seu nome tem origem em 1750, quando a capela da região ganhou um sacrário para guardar as hóstias do Santíssimo Sacramento.

Bairros Cariocas

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Em Irajá, a segunda maior central de abastecimento da América Latina

Em Irajá, a segunda maior central de abastecimento da América Latina

20/06/2013

Foi no entorno da Capela de Nossa Senhora da Apresentação, fundada em 1613, que surgiu o primeiro núcleo de povoamento da sesmaria do Irajá, a maior do Rio - ia de Benfica a Campo Grande. Mas as feições de bairro só surgiram mesmo a partir de 1880, com a inauguração da Estrada de Ferro Rio D’Ouro.

Bairros Cariocas

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Em Santa Cruz, riqueza histórica e empreendedorismo

Em Santa Cruz, riqueza histórica e empreendedorismo

29/05/2013

A colonial Fazenda de Santa Cruz deu origem ao bairro que já foi destino de veraneio da família real e, hoje, abriga indústrias e um grande tesouro arquitetônico.

Bairros Cariocas

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Ipanema cheia de bossa

Ipanema cheia de bossa

26/04/2013

Mundialmente conhecido como território da bossa nova e das moças de corpo dourado, Ipanema ganhou fama nacional por ter sido palco de movimentos contestatórios.

Bairros Cariocas

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Cultura popular e polo comercial em Madureira

Cultura popular e polo comercial em Madureira

03/04/2013

Cantado em verso e prosa por músicas que integram o imaginário carioca, Madureira é um dos maiores berços do samba e o maior polo comercial da Zona Norte e segundo da cidade.

Bairros Cariocas

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Méier,

Méier, "o maioral"

22/03/2013

A ocupação da região começou quando Estácio de Sá, fundador da cidade do Rio de Janeiro, doou aos jesuítas a extensa Sesmaria de Iguaçu, que incluía os atuais bairros do Grande Méier, além do Catumbi, Tijuca, Benfica e São Cristóvão.

Bairros Cariocas

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O discreto charme do Humaitá

O discreto charme do Humaitá

01/02/2013

Tradição e futuro se misturam no Humaitá. O bairro apresenta ruas tranquilas, casarões centenários, escolas tradicionais e algumas representações diplomáticas, além de abrigar um dos principais polos gastronômicos da cidade do Rio de Janeiro.

Bairros Cariocas

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Lapa: o reduto boêmio carioca

Lapa: o reduto boêmio carioca

03/12/2012

A Lapa começou a ser povoada no século XIX, com a construção de casarões para a Corte Portuguesa, e se transformou em reduto da boemia no início do século XX.

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