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Intercâmbio entre literatura e outras linguagens
29 Julho 2013 | Por Sandra Machado
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Carmen Virgínia Cardoso é professora de Artes Cênicas na E.M. Desembargador Oscar Tenório e na E.M. Minas Gerais (2ª CRE). Promovido durante dois anos, o Encontro com Aluno Leitor foi uma roda de leitura que visava a formar um grupo de multiplicadores do prazer de ler. Curta Palavra surgiu como o resultado da atuação de Carmen por seis anos na Sala de Leitura. Ambos os projetos acabaram se tornando vídeos, assim como diversas dramatizações escritas pelos próprios alunos, inclusive duas que foram premiadas pelo Tirando a Droga de Cena – o concurso de produções audiovisuais em parceria da SME com a Coordenadoria Especial de Promoção da Política de Prevenção à Dependência Química.

Na E.M. Desembargador Oscar Tenório, o projeto O Correio, ideia da então diretora Lélia Azevedo, foi mais uma produção muito bem-aceita pelos alunos. Toda a escola se comunicava por cartas. Havia um dia específico para que elas fossem recolhidas da caixa de correio e distribuídas pelos alunos carteiros (estilizados e performáticos). Por meio de personagens e cenas, os carteiros entregavam a correspondência, às vezes destinada também aos professores e funcionários, na hora do recreio. No ano de 2012, sob a gestão da Transformarte1diretora atual, Denise Novo, a oficina de teatro TransformARTE realizou a peça Onde Está a Poesia?. O texto reunia poemas curtos e pensamentos filosóficos de autores de épocas variadas, os quais, ao término da apresentação para toda a escola Oscar Tenório, serviram de ponto de partida para uma discussão sobre valores humanísticos.

Desde 1995, ano em que saiu seu livro de estreia, Diário de Luas, sob o pseudônimo de Carmen Moreno, a professora vem publicando trabalhos bastante interessantes. Como O Primeiro Crime, romance policial da coleção Elas São de Morte, escrita apenas por mulheres e publicada pela editora Rocco em 2003. Os livros infantis, por enquanto, permanecem inéditos. Mas, apesar da linguagem mais rebuscada, Carmen apresenta textos especialmente selecionados aos alunos: “Nos meus livros tenho contos que já li na sala de aula. Já fiz leitura dramatizada de À Força, para o 9º ano discutir o tema do preconceito sexual. Esse faz muito sucesso porque o protagonista é adolescente”, conta, numa referência ao texto que integra a coletânea Sutilezas do Grito.

O próximo lançamento vai se chamar Para Fabricar Asas e é um retorno às origens da escrita poética, que iniciou aos 14 anos. Apreciadora incondicional de audiolivros, Carmen torce, no entanto, para que nem eles nem a escrita virtual venham a substituir os impressos. “Vejo com bons olhos esse espaço das mídias digitais, o que já está estimulando a leitura, embora nele a escrita seja mais fragmentada e saturada de abreviaturas. Como estamos, neste momento, em pleno fenômeno, acredito que só futuramente teremos o distanciamento crítico para avaliar o impacto desta nova cultura."

Vinicius Baião capa livro1Vinícius Baião Vieira é um belo exemplo do que pode acontecer a outro apaixonado por teatro que começou a escrever na escola. “Eu produzia textos para encenar.” Hoje ele redige espetáculos para a Companhia Cerne, além de atuar como professor e escritor. Lançou o livro de poesia Usucapião em 2008 e participou de duas antologias: Ponte de Versos, em 2002, e Vaca Amarela, uma edição trilingue, fruto do Encontro Ibero-Americano de Poesia de 2007. Participou da 11ª Flip – Festa Literária de Paraty, já que ficou em terceiro lugar no 1º Concurso de Resenhas e Relatos de Experiência da Biblioteca do Professor, promovido pela SME.

Formado em Português-Italiano pela Uerj, o professor tem especialização em Produção Cultural com ênfase em Literatura Infantojuvenil pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet). Há três anos na E.M. Charles Anderson Weaver (6ª CRE), realiza um trabalho de produção poética com alunos do 6º ao 9º ano, entre 11 e 15 anos. Ainda neste ano, os textos vão estar no blog da Sala de Leitura, que reúne uma série de iniciativas de estímulo à literatura, como Uma História Engatada, da própria escola, ou o projeto Escritores do Futuro, da 6ª CRE.

 

 
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