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13 Novembro 2014 | Por Luís Alberto Prado
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chiquinha 16anos_Domínio PúblicoO chorinho nasceu no Rio de Janeiro, nos idos de 1860, como fruto da interação entre a cultura instrumental europeia e práticas rítmicas trazidas da África pelos escravos. Nessa época, se verificava uma convivência entre diferentes estratos sociais na cidade, provocada pela vinda da Corte Portuguesa, e esse contexto foi decisivo na criação do gênero.

Já no final do século XIX, nomes como Joaquim Callado – considerado um dos pais do choro –, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth se destacavam.

O século XX trouxe uma grande leva de chorões, compositores, instrumentistas, arranjadores. Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, Brasileirinho, de Waldir Azevedo, Noites Cariocas, de Jacob do Bandolim, Carinhoso e Lamento, de Pixinguinha, e Odeon, de Ernesto Nazareth, são canções que marcaram definitivamente o gênero.

Alma brasileira

O choro carioca se confunde com a história de Alfredo da Rocha Vianna Filho, o mestre Pixinguinha, que completaria 102 anos em 2014. Em homenagem à sua data de nascimento, o Dia Nacional do Choro é comemorado em 23 de abril.

O choro também serviu de inspiração para compositores eruditos. Entre as criações de Heitor Villa-Lobos, o ciclo dos choros é considerado a mais significativa, em homenagem ao que ele chamou de "a essência musical da alma brasileira".

Alegre, apesar do nome

Pixinguinha Foto Luiz Carlos Barreto

Os conjuntos de choro são chamados de regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, de chorões. Os regionais são geralmente formados por um ou mais instrumentos de solo, como flauta, bandolim e cavaquinho, que executam a melodia. O cavaquinho faz o centro do ritmo, e um ou mais violões, além do violão de sete cordas, formam a base do conjunto, contando, ainda, com o pandeiro para marcar o ritmo.

Apesar do curioso nome, o gênero é, em geral, de ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso de seus participantes, que precisam de bastante estudo, técnica apurada e pleno domínio de seu instrumento.

Patrimônio Cultural Carioca

Em maio de 2012, o choro foi decretado Patrimônio Cultural Carioca em reconhecimento à sua importância e a das canções que se tornaram clássicas, fazendo parte, hoje, da construção da identidade carioca e nacional. Como bem cultural de natureza imaterial, consta no Livro de Registro das Formas de Expressão do IPHAN, dedicado às manifestações artísticas em geral.

 
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