Affonso Penna foi Presidente da República entre 1906 e 1909, quando morreu aos 55 anos de uma forte pneumonia, agravada pela perda de um filho e um irmão. Mineiro, de Santa Bárbara, faleceu no Palácio do Catete, na época, sede do Governo Federal e residência presidencial. Filho de família abastada (proprietários de mina de ouro e fábrica têxtil), Affonso Penna formou-se em Direito em São Paulo. Viveu a transição do regime monárquico para o republicano no Brasil. Ocupou diversos cargos importantes no Império, assinando a Lei do Sexagenário (liberdade para os escravizados maiores de 60 anos) em 28 de setembro de 1885, quando era Ministro da Justiça do Império.
Depois da Proclamação da República, governou o estado de Minas Gerais, onde promoveu a construção de estradas de ferro, criou a Faculdade de Direito de Ouro Preto (que era a capital do estado) e assinou a lei para a construção da nova capital mineira – Belo Horizonte.
Affonso Penna foi vice-presidente da República no governo Rodrigues Alves (1902-06) e, em seguida, foi eleito Presidente. Antes de assumir o cargo, Affonso Penna viajou por três meses por diversos estados do país para conhecer melhor a realidade nacional. Esteve em 18 capitais e formou seu ministério levando em consideração aspectos técnicos de profissionais que conheceu durante a viagem pelo país.
Durante seu governo, reaparelhou ferrovias e portos, financiou a ligação telegráfica entre o Rio de Janeiro e a Amazônia (liderada por Cândido Rondon), e também aprovou uma política que beneficiou os produtores de café, comprando, com dinheiro público, o excesso do produto no mercado, causando a sua valorização. As sacas de café compradas pelo governo brasileiro foram posteriormente queimadas.
Affonso Penna no contexto da Primeira República
Esse modelo de política pública que beneficia apenas um determinado grupo social, foi característico da Primeira República. Quem explica é a professora de História da escola municipal da qual Affonso Penna é patrono, na 2ª CRE, Tatiane Tereza. A professora mantém um canal no YouTube e dedica 7 aulas, de 8 minutos cada, para o tema Primeira República. O conteúdo é voltado principalmente para o 9º ano.
Quem assiste às aulas on-line da professora de História da E.M. Affonso Penna no YouTube entende que o contexto da Primeira República se caracterizava pelo favorecimento de certos grupos da elite brasileira, como era o caso dos produtores de café.
Tatiane explica também em suas aulas on-line que a população, nesse período, manifestava seu descontentamento com o estado de coisas, tanto nas cidades quanto nas áreas rurais, sendo invariavelmente reprimida de forma violenta, muitas vezes, fatal. A professora cita como exemplos desse descontentamento diversas manifestações ocorridas no país, como a Revolta da Vacina (a campanha sanitária "foi a gota d'água para a população que havia sido desalojada pela reforma urbana de Pereira Passos"), da Chibata (contra os castigos físicos na Marinha) e também a organização operária (luta por melhores condições de trabalho), todas as três no Rio de Janeiro. No campo, a professora lembra de Canudos, na Bahia; da Guerra do Contestado, na fronteira entre o Paraná e Santa Catarina; e, do cangaço, no sertão nordestino.
Mais informações sobre esses movimentos podem ser encontrados no Portal MultiRio:
A Revolta da Vacina
A Revolta da Chibata
Espanhóis no Brasil: o início da luta por uma jornada de trabalho mais humana
A Guerra de Canudos
Fontes:
VISCARDI, Claudia Maria Ribeiro. Afonso Pena. Cpdoc, FGV.
Sites do Arquivo Nacional e da Biblioteca Nacional.
ROSSINI, Gabriel Almeida Antunes. Convênio de Taubté. Cpdoc, FGV.
17/01/2022
Patrona da E.M. Tarsila do Amaral (5ª CRE), conheça a trajetória de uma das maiores representantes da pintura no Brasil.
Patronos das Escolas Municipais
21/09/2021
O jornalista fez intensa campanha, que resultou na lei de criação do imponente teatro da Cinelândia.
Patronos das Escolas Municipais
11/05/2021
Cientista trabalhou para se formar em medicina e foi pioneiro na pesquisa em Imunologia.
Patronos das Escolas Municipais
23/02/2021
Importante figura no campo da Educação no início da República, ele dá nome a uma escola na Tijuca.
Patronos das Escolas Municipais
07/12/2020
A obra de Ferrez é considerada um dos principais registros visuais do século XIX e do início do século XX.
Patronos das Escolas Municipais
19/10/2020
Conheça a trajetória do ator negro que dá nome a duas unidades de ensino da Rede Municipal.
Patronos das Escolas Municipais
31/08/2020
Uma das primeiras mulheres a se formar em Medicina e a exercer a profissão na Europa, ela confrontou governos totalitários e revolucionou a Educação no mundo.
Patronos das Escolas Municipais
19/08/2020
Nascida no subúrbio do Rio, Aracy cantou para as multidões e fez o que quis da vida em plena década de 1930.
Patronos das Escolas Municipais
24/07/2020
Ela ensinava crianças em casa para manter viva a tradição.
Patronos das Escolas Municipais
17/07/2020
Primeiro presidente da África do Sul eleito democraticamente, ele dá nome a Ciep no bairro de Campo Grande (9ª CRE).
Patronos das Escolas Municipais
30/04/2020
O autor começou a escrever de forma mais próxima ao modo de falar dos brasileiros e não mais com o português usado em Portugal.
Patronos das Escolas Municipais
22/04/2020
Durante a pandemia da gripe espanhola, população clamava para ele assumir a gestão da saúde pública.
Patronos das Escolas Municipais
07/02/2020
Lançada artisticamente após os 60 anos de idade, sua voz e seu repertório marcaram a cena musical brasileira, exaltando elementos da cultura negra.
Patronos das Escolas Municipais
02/01/2020
Considerado o pai da psiquiatria científica brasileira, Juliano Moreira venceu as dificuldades impostas por ser negro e de classe social baixa no século XIX.
Patronos das Escolas Municipais
14/11/2019
Homenageada pelo Espaço de Desenvolvimento Infantil Rachel de Queiroz (1ª CRE), na Praça Onze, a escritora conhecida por O Quinze foi professora de História, tradutora e a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL).
Patronos das Escolas Municipais
22/10/2019
O livro Vidas Secas, traduzido para 12 línguas, é um clássico da problemática dos retirantes nordestinos.
Patronos das Escolas Municipais
17/10/2019
A partir dele, a humanidade foi capaz de voar com um aparelho autônomo, mais pesado que o ar, e dirigível.
Patronos das Escolas Municipais
17/09/2019
Homenageado em 17 de setembro em Angola, Dia do Herói Nacional, Agostinho Neto engajou-se na luta pela libertação de seu país. Sua poesia é marcada pela resistência e afirmação da identidade africana.
Patronos das Escolas Municipais
20/08/2019
Saiba mais sobre a autora que encantou Carlos Drummond de Andrade.
Patronos das Escolas Municipais
22/06/2015
Educadora, intelectual e autora de preciosidades da literatura nacional, Cecília Meireles alçou a poesia a um novo patamar, por sua maneira toda especial de ver a vida.
Patronos das Escolas Municipais
07/04/2015
O Ciep Elis Regina, da comunidade Nova Holanda, na Maré (4ª CRE), deve seu nome a uma das melhores cantoras do Brasil.
Patronos das Escolas Municipais
13/01/2015
O empresário que fabricava um dos produtos mais populares do Rio, a gordura de coco Carioca, também foi um dos maiores incentivadores do movimento modernista brasileiro.
Patronos das Escolas Municipais
05/01/2015
Ela agitou os salões cariocas, foi musa dos estudantes, lutou pelos direitos das mulheres e se casou com o primeiro goleiro da seleção brasileira de futebol.
Patronos das Escolas Municipais
25/11/2014
Ele não foi apenas o protagonista da primeira gravação de um samba no Brasil, mas, também, personagem importante na história da difusão e orquestração da música do Rio de Janeiro.
Patronos das Escolas Municipais
19/11/2014
Além de inúmeras obras de ornamentação feitas para as igrejas, ele projetou a primeira área pública de lazer do Brasil e foi pioneiro na arte da escultura em metais.
Patronos das Escolas Municipais
11/11/2014
A obra do maior artista do período colonial brasileiro é tida como uma das mais importantes matrizes culturais do país.
Patronos das Escolas Municipais
28/10/2014
Fatos curiosos marcaram a introdução da cultura do café em nosso país, pelas mãos de um desbravador da Amazônia.
Patronos das Escolas Municipais
20/10/2014
Há 50 anos morria um dos escritores que mais impactaram a arte brasileira do século XX.
Patronos das Escolas Municipais
07/10/2014
Bento Rubião, que dá nome a um Ciep na Rocinha (2ª CRE), tornou-se conhecido por defender moradores de comunidades removidas e teve suas teses incorporadas à Constituição de 1988 e ao Estatuto da Cidade.
Patronos das Escolas Municipais
30/09/2014
Suas técnicas de ilustração revolucionaram a imprensa carioca da Belle Époque.
Patronos das Escolas Municipais
26/08/2014
Patrona de uma escola municipal localizada no bairro de Santa Teresa, ela já foi considerada a maior romancista da geração que sucedeu Machado de Assis.
Patronos das Escolas Municipais
07/07/2014
Candido Portinari pintou intensamente. Cenas de infância, circo, cirandas e também a dor da gente brasileira. A Escola Municipal Candido Portinari, da 11ª CRE, em Pitangueiras, deve seu nome ao grande pintor.
Patronos das Escolas Municipais
16/04/2014
Mártir da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier é inspiração para estudos acadêmicos, tendo sua trajetória gerado obras literárias, filmes e peças teatrais, além de ser patrono de uma escola municipal localizada no Centro (1ª CRE), a E.M. Tiradentes.
Patronos das Escolas Municipais
01/04/2014
Marchinhas de carnaval, hinos dos clubes de futebol cariocas e clássicos das festas juninas são uma herança sempre presente do compositor entre nós.
Patronos das Escolas Municipais
18/10/2013
Um dos grandes artistas brasileiros do século XX, Vinicius era apaixonado por cinema, música, poesia e, sobretudo, pela vida.
Patronos das Escolas Municipais
23/05/2013
A cidade foi, sem dúvida alguma, o assunto preferido de João do Rio, já que ela exemplificava, como nenhuma outra, a transição do país para a fase de República.
Patronos das Escolas Municipais
23/05/2013
Mestre da crônica como registro de época, o jornalista fez uma verdadeira etnografia do Rio de Janeiro nos anos 1910 e 1920: das altas esferas sociais aos grupos mais marginais.
Patronos das Escolas Municipais