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A Lagoa do Boqueirão, aterrada no fim do século XVIII para a contrução do Passeio Público. Ao fundo, o Aqueduto da Carioca. À esquerda, a Igreja de Nossa Senhora do Desterro e o Convento de Santa Teresa (no topo). Óleo sobre tela de 1790 (Crédito: Leandro Joaquim/Museu Histórico Nacional – Iphan)

Analisando antigos documentos, como mapas e cartas que retratam o Rio de Janeiro, observam-se as muitas transformações da paisagem natural desse espaço urbano. A drenagem de pântanos e de mangues, os aterros que avançaram sobre o mar, o desmonte de morros, a construção de túneis, de ruas e de avenidas demonstram o surgimento de um segundo perfil da cidade, construído e modificado lentamente a partir da intervenção humana.

A cidade dedicada a São Sebastião não nasceu pronta. Aquela que foi conhecida no seu alvorecer como a terra das lagoas e dos pântanos, e que escorreu morro abaixo, depois da sua fundação, espalhou seus tentáculos pela várzea e cresceu. A malha urbana que ocupou o espaço drenado entre morros, deu lugar a uma frenética metrópole, com arranha-céus e largas avenidas.

Analisando antigos documentos, como mapas e cartas que retratam o Rio de Janeiro, observa-se as muitas transformações da paisagem natural desse espaço urbano. A drenagem de pântanos e de mangues, os aterros que avançaram sobre o mar, o desmonte de morros, a construção de túneis, de ruas e de avenidas demonstram o surgimento de um segundo perfil do Rio, construído e modificado lentamente a partir da intervenção humana.

A cidade dedicada a São Sebastião não nasceu pronta. Aquela que foi conhecida no seu alvorecer como a terra das lagoas e dos pântanos, e que escorreu morro abaixo, depois da sua fundação, espalhou seus tentáculos pela várzea e cresceu. A malha urbana que ocupou o espaço drenado entre morros deu lugar a uma frenética metrópole, com arranha-céus e largas avenidas.

O escoamento de esgotos, a drenagem dos pântanos e alagadiços e a secagem das lagoas fizeram com que o Rio crescesse além da Rua da Vala (atual Rua Uruguaiana). A cidade começou a ocupar os rossios Grande e Pequeno (Praça Tiradentes e circunvizinhanças), alcançando o Campo da Cidade, depois Campo de São Domingos, que era utilizado pela população como depósito de lixo (atual Campo de Santana). A cidade chegava ao seu extremo norte.

passeio publico
O Passeio Público, projetado por Mestre Valentim e finalizado em 1786: o primeiro parque urbano do Brasil. Desenho de 1854 (Crédito: Louis-Julien Jacottet/Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro)

Na direção oposta, o aterro da Lagoa do Boqueirão da Ajuda, transformado no Passeio Público, removeu um obstáculo que impedia a passagem entre a parte mais antiga da cidade e o Caminho do Catete – aberto pelo ir e vir contínuo dos chamados aguadeiros, que rumavam na direção do Rio Carioca. A cidade deu mais um passo em direção à atual Zona Sul.

Em 1763, ano da transferência do eixo de poder para o atual sudeste brasileiro, cresceu o espaço urbano, que contava com uma população de, aproximadamente, 40 mil habitantes.