A oposição ao governo de D. Pedro I cresceu a partir de dois acontecimentos: a morte de D. João VI – que levantou a questão da sucessão do trono português – e a guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata (futura Argentina), que resultou na perda da Província Cisplatina.
Essa região, antes denominada Banda Oriental do Uruguai, havia sido conquistada por campanha militar em 1817, quando da permanência da corte portuguesa no Rio de Janeiro, durante o governo do príncipe regente. Após inúmeras manifestações, protestos e desentendimentos políticos ocorridos na região da Cisplatina – submetida por invasão –, reuniu-se um Congresso, em agosto de 1825, que proclamou sua separação do Brasil e a incorporação às Províncias Unidas do Rio da Prata.
Esse acontecimento deflagrou uma guerra desastrosa, a partir de dezembro de 1825, entre as partes envolvidas. D. Pedro I sustentou essa guerra, pois a política do Brasil em relação ao restante do continente era no sentido de dificultar a formação de grandes países.
Por outro lado, a anexação da Cisplatina fortalecia as Províncias Unidas, que passavam a controlar toda a bacia do Rio da Prata e seu estuário. Tendo em vista as dificuldades de comunicação terrestre, o bloqueio da área fluvial dificultava os contatos com as áreas localizadas no oeste de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e sudoeste de Mato Grosso. Isso poderia ameaçar a unidade e a estabilidade do Império e a do imperador.