Dentro das forças políticas que conduziam o processo da emancipação política urdiu-se uma trama de desentendimentos e desconfianças. Quando da reunião da Assembleia, os deputados eleitos pelos democratas não estiveram presentes. Os aristocratas, sob a liderança de José Bonifácio, contando com apoio dos absolutistas, foram eliminando da cena política os democratas de Gonçalves Ledo, que, praticamente, já não existiam quando a Constituinte se reuniu.
Esse processo de exclusão incluía a proibição de que jornais ligados aos democratas circulassem. Também foi determinado por José Bonifácio, então ministro do Império, o fechamento das lojas maçônicas ligadas aos seguidores de Ledo.
O político José Martiniano de Alencar, que viveu naquela época, descreveu a situação afirmando que "a marcha dos negócios públicos não é serena nem regular. O governo tem tomado medidas violentas e anticonstitucionais; tem-se deportado outros, abrindo-se uma devassa não só na corte como pelas províncias (...) a liberdade de imprensa está quase acabada, se não de direito, ao menos de fato (...) desconfia-se do despotismo; e o desgosto é geral". Alencar referia-se à prisão e ao exílio de inúmeros deputados democratas, como Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira, o cônego Januário da Cunha Barbosa. Consta, inclusive, que Ledo, em vão, requereu um processo de justificação para sua forçada saída do país.
O jornalista Cipriano Barata escreveu: "Nosso imperador é um imperador constitucional e não o nosso dono. Ele é um cidadão que é imperador por favor nosso e chefe do Poder Executivo, mas nem por isso autorizado a arrogar-se e usurpar poderes que pertencem à nação. (...) Os habitantes do Brasil desejam ser bem governados, mas não submeter-se ao domínio arbitrário".
José Bonifácio, por sua vez, fortalecido politicamente naquele momento, declarava: "Nunca fui nem serei realista puro, mas nem por isso me alistarei jamais debaixo das esfarrapadas bandeiras da suja democracia".