Na Europa ocidental, o novo pensamento liberal impulsionou a queda dos regimes absolutistas, levando, para suas colônias, o rastilho da independência.
Nas últimas décadas do século XVIII, ocorreram grandes transformações no mundo ocidental. Filósofos e cientistas propunham novas maneiras de "olhar" o mundo e de se relacionar com ele. A concepção de uma sociedade estática e estratificada, na qual o homem já encontrava o seu destino traçado, ia sendo transformada. O homem passava a ser o construtor de seu tempo, de sua história. A Revolução Industrial Inglesa, a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa foram os marcos dessa modernidade.
Na Europa ocidental, o novo pensamento liberal impulsionou a queda dos regimes absolutistas, levando, para suas colônias, o rastilho da independência. Na América portuguesa, os colonos percebiam que estava em suas mãos a possibilidade de mudar o rumo dos acontecimentos, tornando-se autores de sua própria história. Nas sociedades literárias e nas lojas maçônicas discutiam-se, em segredo, "as infames ideias francesas" de felicidade, fraternidade, igualdade e liberdade. Tramavam-se os movimentos conhecidos como conjurações, que tiveram lugar em vários pontos da colônia nos últimos anos do século XVIII.