A repressão contra a Revolta Praieira veio violenta por parte das tropas imperiais. Embora tivesse obtido algumas vitórias significativas, aos poucos o movimento entrara em agonia, apesar da resistência promovida por Pedro Ivo nas matas pernambucanas. Esse capitão, transformado posteriormente em figura lendária e consagrado no folclore nordestino, imortalizou-se na poesia de Álvares de Azevedo e de Castro Alves. Chamado de Capitão da Praia, foi induzido a render-se sob a promessa de "anistia plena e geral", o que não aconteceu. Preso, consegue fugir em navio estrangeiro rumo à Europa, vindo a falecer ainda em águas pernambucanas.
Os demais envolvidos, que foram aprisionados, chegavam às ruas silenciosas do Recife acorrentados ou atados por cordas. Inúmeras vezes eram "publicamente chibatados" no quartel da polícia. Entre os detidos estavam militares, jornalistas, deputados, artífices e padres. Os participantes "menos qualificados", como registra o historiador Nelson Werneck Sodré, eram recrutados para as tropas imperiais, pois, segundo as autoridades policiais, assim "se livra a província de perversos, vadios e desordeiros de profissão que haviam sido seu flagelo durante o pesado domínio da facção praieira".
Em 17 de agosto de 1849, os rebeldes processados foram julgados e os principais chefes do movimento, como Borges da Fonseca, condenados à prisão perpétua, sentença que cumpririam em Fernando de Noronha até a anistia, por decreto de 28 de novembro de 1851.
A imprensa liberal, calada em sangue quando da luta armada, aos poucos voltara a circular. O Maccabeo, ainda em 1849, registrava em suas páginas: "Sim somos mulambos, e seremos tudo quanto o ódio vos ditar (...). Fartai-vos, pois, senhores, ricos senhores fidalgos, de insultos e vinganças contra nós".
Já o Diário do Povo, em janeiro de 1850, publicava: "Este silêncio, que guardamos a política da nossa província, é aconselhado por nosso bem-estar, por nossa segurança individual e de propriedade (...) qualquer que seja a redação do Diário do Povo; qualquer que seja a nossa posição, qualquer que seja enfim a nossa sorte, nunca seremos saquarema ou corcunda, nunca, nunca; porque estamos intimamente convencidos de que dessa política do regresso nos tem vindo a fome, a guerra, a peste, (...) a miséria, a morte e, finalmente, a desgraça de todo o Brasil". Essa publicação só teve três edições, nos dias 2, 3 e 4 de janeiro.
O Conciliador, em 12 de junho, apelaria para "alguma tolerância e generosidade para com os vencidos". Mais adiante, em setembro, exigiria espaço "no campo das discussões". No dia 10 de dezembro, proclamava que a Praieira viera quando devia vir e que (...) era impossível fazer parar a marcha do tempo".