Liberais e conservadores concordavam que, se tivesse o país um imperador, a ordem se implantaria providencialmente.
As revoltas ocorridas no Período Regencial preocupavam os proprietários de escravos e terras. Temia-se que a anarquia levasse o Império à desintegração. Liberais e conservadores, com medo de perder o controle político da nação e em nome da preservação da unidade nacional, concordavam que somente D. Pedro de Alcântara poderia pacificar e unir o Império brasileiro. "Tivesse o país um imperador e a ordem se implantaria providencialmente."
A solução, portanto, era antecipar a maioridade do príncipe herdeiro, conseguida por uma mudança na Constituição, permitindo que um adolescente de 14 anos de idade assumisse o trono do Brasil. O governo pessoal de D. Pedro II foi o mais longo da nossa história: 1840-1889.
Com o fim das revoltas liberais de São Paulo e de Minas Gerais e da Revolta Praieira, em Pernambuco, o Império consolidara-se. A desordem havia sido expulsa das ruas da cidade. A restauração do Poder Moderador, privilégio pessoal do imperador, e a do Conselho de Estado reforçaram a centralização política do governo. Liberais e conservadores, por meio do jogo eleitoral, alternavam-se no poder, representando uma única camada social, a elite branca, proprietária de escravos e de terras.
A expansão do cultivo do café, que se tornou o nosso principal produto de exportação, deslocou o eixo da riqueza para o Centro-Sul. A industrialização, a extinção do tráfico negreiro e a chegada dos imigrantes europeus provocaram mudanças na composição da população brasileira. A política externa foi marcada pelas questões platinas e pela Guerra do Paraguai. Em meio a tudo isso, o romantismo colocava a vida brasileira na literatura e nas artes em geral, na busca de nossa identidade nacional.