Problemas na área das relações internacionais surgiram durante a guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata. Inglaterra e França entendiam que o bloqueio do Porto de Buenos Aires, pela Marinha imperial, causaria enormes prejuízos a seus interesses comerciais na região. O conflito arrastava os dois principais compradores da Inglaterra na América do Sul para uma crise de proporções imprevisíveis. As perdas humanas também afligiam a Inglaterra, já que grande parte dos oficiais das duas Marinhas em guerra, assim como a tripulação, era composta por ingleses.
Comentava-se também que Simón Bolívar, líder da independência da América espanhola, iria propor uma intervenção nos países em guerra por julgar que a monarquia brasileira representava, na América, os interesses recolonizadores da Santa Aliança.
Para a Inglaterra, era imprescindível, comercialmente falando, que a navegação no Prata se mantivesse aberta. Apesar da mediação inglesa, a guerra prolongou-se durante três anos, sem resultados definitivos mas com grandes perdas para os dois países em luta.
Nas preocupações do governo britânico incluía-se a necessidade de impedir que os dois contendores – ou até mesmo um deles – se voltassem para os Estados Unidos da América em busca de ajuda. Se isso viesse a ocorrer, os Estados Unidos receberiam vantagens comerciais, o que prejudicaria os comerciantes ingleses, que teriam os seus negócios diminuídos, especialmente em Buenos Aires. Assim, mediar o caso tinha grande importância, e por conta disso os diplomatas britânicos em Buenos Aires e no Rio de Janeiro sugeriram a mediação da Inglaterra. Consta, inclusive, que o ministro inglês Canning entendia que esta mediação "significaria uma aproximação entre o Velho e o Novo Mundo".