Em sintonia com a pregação do político e jornalista Cipriano Barata estava o frei carmelita Joaquim do Amor Divino Rabelo. De origem humilde – conhecido como Frei Caneca por ter sido vendedor de canecas quando garoto, em Recife –, foi educado no Seminário de Olinda, onde absorveu os ideais liberais. Erudito, distinguia-se na luta pelas ideias em que acreditava e pela vastidão dos seus conhecimentos, o que resultava em críticas profundas à Carta Outorgada de 1824. Em alguns momentos tomava atitudes interessantes como, por exemplo, quando esteve detido em prisões na Bahia, usando o seu tempo para ensinar Matemática aos outros prisioneiros, chamados por ele "seus companheiros de desdita".
Dirigindo o jornal O Typhis Pernambucano, Frei Caneca fazia sua pregação republicana, denunciando o autoritarismo imperial e conclamando a população à luta.
Em seu primeiro número, lançado em 25 de dezembro de 1823, o Typhis anunciava que o país parecia "uma nau destroçada pela fúria oceânica, ameaçando soçobro, carecendo da ajuda decidida e abnegada de todos os seus filhos".
Nas páginas de seu jornal, Frei Caneca, que tivera participação ativa na Revolução Pernambucana de 1817 e que, segundo o Conde dos Arcos, fora um dos que haviam transformado Pernambuco num "covil de monstros infiéis", considerava a Constituição Outorgada "iliberal e contrária à liberdade, à Independência e direitos do Brasil". Entendia ser o Poder Moderador "a chave mestra da opressão da nação brasileira".
Suas claras posições políticas também chamaram a atenção de Maria Graham, que, passando por Recife e observando o espírito de rebeldia que contagiava os pernambucanos, comentou sobre "um padre" lá existente, Frei Caneca, nele identificando, como em todo pernambucano, um sentido de independência.