Além de enfrentar o movimento das ruas e das tropas, os interesses divergentes de restauradores e exaltados, os atentados, as fugas de escravos e insurreições negras, o governo regencial tinha, também, que enfrentar a pressão inglesa para a extinção do tráfico negreiro internacional.
Diversos acordos já tinham sido assinados entre o Brasil e a Inglaterra, limitando o alcance e a abrangência do tráfico negreiro, desde a vinda de D. João e da família para o Brasil.
Mas todos esses acordos ainda não eram suficientes para a Inglaterra, que visava mesmo o fim da escravidão.
Muito se questionava na época e, ainda hoje, continuam-se questionando os reais interesses dos ingleses para tanta pressão. Alguns afirmavam ser por razões humanitárias; outros, por desejarem expandir mercado consumidor para seus produtos; e ainda havia aqueles que os viam como maneira de tornar mais competitiva a produção de sua indústria açucareira nas Antilhas.
De qualquer modo, essa pressão inquietava o governo regencial e sua força de apoio – os moderados –, uma vez que a economia brasileira dependia profundamente da mão de obra escrava.
Pretendendo retardar o mais possível a eliminação dessa força trabalhadora e aliviar a pressão inglesa, o governo regencial promulgou, em novembro de 1831, uma lei proibindo o tráfico negreiro para o Brasil, declarando livres os africanos que aqui chegassem e punindo severamente os importadores. Comentava-se na Câmara dos Deputados, nas casas e nas ruas, que o ministro Feijó fizera uma "lei para inglês ver".