A ação fiscal tinha enorme significado para Portugal, pois o que era arrecadado sob forma de tributos destinava-se ao sustento da corte, financiava a construção de obras grandiosas (igrejas, conventos, palácios) e pagava as inúmeras dívidas contraídas, especialmente com a Inglaterra.
Fiscalizar e controlar, evitando o contrabando, não era tarefa fácil. Eram inúmeras as dificuldades. A região mineradora encontrava-se no interior da colônia, em um território cercado por serras e matas. Para diminuir o contrabando foram montadas barreiras nos três caminhos: de São Paulo a Minas Gerais, passando pelo Rio de Janeiro, chamado de Caminho Antigo; do Rio de Janeiro para Minas Gerais, denominado Caminho Novo; e o que ligava a Bahia a Minas Gerais, conhecido como Caminho do Sertão Geral. Isso não resultou no efeito desejado, já que os contrabandistas sempre achavam uma forma de evitar a fiscalização.
Outras medidas foram tentadas como, por exemplo, a cobrança de tributos de acordo com o número de escravos que o minerador possuísse – a "capitação". Isso gerou inúmeros protestos, até a revogação da medida, já que a propriedade de muitos escravos não significava, necessariamente, a extração de grande quantidade de ouro.