A fim de comemorar o aniversário de 103 anos de Marechal Hermes, bairro da Zona Norte do Rio, a professora de Artes Julia Dutra decidiu montar uma exposição com os alunos do 9º ano da E.M. Evangelina Duarte Batista, da 5ª CRE. O projeto foi além dos muros da escola, e os trabalhos dos estudantes foram expostos na estação ferroviária do bairro.
Para montar a exposição #SouDeMarechal, os alunos estudaram as origens do bairro, as construções históricas e locais importantes, como a estação de trem, o Teatro Armando Gonzaga, a Praça Montese, a própria unidade escolar e, também, o bairro vizinho Campo dos Afonsos, conhecido por abrigar o Museu Aeroespacial (Musal) e a Universidade da Força Aérea (Unifa).
A professora Julia conta que o fato de o bairro ser histórico e repleto de imóveis tombados a motivou a criar o projeto para gerar nos jovens um senso de valorização e preservação do patrimônio. “É necessário falar com os alunos sobre o bairro onde eles estudam e muitos deles moram. O local é parte da identidade cultural e social deles.”
A atividade começou com aulas expositivas interdisciplinares de Artes e História, com as professoras Julia Dutra e Cláudia Gomes, respectivamente. A turma aprendeu sobre a fundação do bairro pelo então presidente marechal Hermes da Fonseca, em 1º de maio de 1913, e sobre a necessidade de criar residências para abrigar os operários na região.
Posteriormente, foram às ruas para ter aulas de desenho de observação e produzir os primeiros trabalhos. Cada desenho foi feito individualmente e as pinturas coloridas, em dupla.
Além da escola
Julia Dutra entrou em contato com a Supervia, empresa que administra as linhas férreas do Rio de Janeiro, e os trabalhos dos alunos da E.M. Evangelina foram expostos na estação ferroviária de Marechal Hermes durante uma semana.
A comunidade escolar abraçou a ideia, e moradores e passageiros ficaram encantados com as obras dos jovens. “Visitei a exposição todos os dias e sempre tinha pessoas interessadas nos quadros”, comenta a educadora. Para ela, apresentar a produção dos estudantes fora da escola foi extremamente importante para valorizar a dedicação e o empenho desses jovens.